Desejo a todos os meus visitantes e amigos um Natal Feliz e um Novo Ano de 2009 com muita prosperidade.
Boas Festas
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Desejo a todos os meus visitantes e amigos um Natal Feliz e um Novo Ano de 2009 com muita prosperidade.
Postado por Carlos II às 00:55:00 10 comentários
SG Ventil
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Crise é também umas das palavras mais ouvidas neste ano a propósito de tudo e de nada. Tudo serve para a utilizar até como desculpa de mau pagador. Ela anda de boca em boca e que serve às mil maravilhas para os políticos quer estejam no governo ou na oposição para justificar o regabofe que vai nas suas hostes e no país. Mas então é caso novo? Não estará o regime em crise desde o 25 de Abril de 1974!?
Postado por Carlos II às 17:08:00 6 comentários
Enquanto se Espera
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Entretanto, a nossa querida terra está cheia de manhosos, de manhosos e de manhosos, e de mais manhosos. E numa terra de manhosos não se pode chegar senão a falsos prestígios. É o que há mais agora por aí em Portugal: os falsos prestígios. E vai-se dizer de quem é a culpa de haver manhosos e falsos prestígios: a culpa é nossa, e só nossa!
José de Almada Negreiros In Diário de Lisboa
de 3 de Novembro de 1933
*
Há quem diga que apesar da actual crise financeira ainda o melhor negócio e o mais seguro é a fundação de um banco. Acredito!
Postado por Carlos II às 01:01:00 18 comentários
Manoel de Oliveira
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Confesso que não sou um grande admirador da sua obra, mas também não o considero um chato, que os seus filmes são muito parados, ou que façam sono.
Para um intelectual, talvez o considerem um génio. Para outros um realizador difícil, agarrado a uma estética cinematográfica ultrapassada.
Para mim, Manoel de Oliveira podia ser o Ingmar Bergman da Luzitânia, descontando a extraordinária aceitação nos círculos intelectuais da Europa onde goza de grande consideração. O que é um exagero. O realizador sueco tem maior consenso a nível Mundial, cujo os seus filmes são muito mais acessíveis para o grande público. O problema está na maneira de fazer cinema e depois tem outro contra é...português.
Conheço melhor a obra de Bergman.
Mesmo assim dos filmes que vi de Manoel de Oliveira, gostei do Monte Abraão, A Caixa e o inesquecível Aniki-Bobó.
Postado por Carlos II às 20:17:00 8 comentários
Algarve Revisitado
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
O actual Algarve de betão já não é o que eu conheci nos tempos da minha adolescência nos dias despreocupados das férias grandes.
A harmonia da paisagem, os aromas doces das noites de céu estrelado, a luz intensa das manhãs a incidir sobre as casas brancas, ainda é possível observar, além do sentimento telúrico que ainda se pressente nas pessoas... apesar da invasão estrangeira.
[...Não, eu não consigo ver o Algarve senão como a miragem dum céu deste mundo, sem nenhum dos atavios que aviltam a condição dum céu] Miguel Torga
Postado por Carlos II às 01:27:00 5 comentários
Biografia Imperfeita
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
***
Termino aqui a galeria de tipos esquisitos que vos apresentei e qualquer relação com pessoas, factos ou bens conhecidos, não é da inteira responsabilidade do autor. E não desperdiço a ideia de arrumar uns dias de férias no Algarve até segunda-feira.
Postado por Carlos II às 16:49:00 7 comentários
Suicídário
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Sempre fui muito arrumado nas minhas ideias. Na minha profissão, guardo a recordação de ter ensinado muitas pessoas com especulações desinteressantes. Por outro lado fui vitima da minha própria família. Nunca me disseram a verdade, isto apesar de declararem que só queriam o meu bem.
Por causa daquela história que o dinheiro é tudo e nos traz a felicidade, tornei-me um tipo esquisito e insuportável. Uma pessoa extremamente egoísta. Atitude que me iria causar grande sofrimento.
Levei muito tempo a discorrer que a vida social é uma mentira. E, por tudo o mais que não relatarei para não vos maçar, resolvi suicidar-me. Ainda pensei isolar-me para uma casa de campo e levar os meus livros e discos para repensar melhor. Mas tive receio que tivessem pena de mim e me fossem buscar para depois me internarem num lar de idosos, para melhor morrer de tédio e de frio.
Eu sei que vão pensar muito mal de mim. Mas não quero saber dos julgamentos dos outros, principalmente por pessoas pouco inteligentes e igualmente infelizes, mas sobretudo loucas tal como eu. Os espertos são aqueles que levam a vida a rir das loucuras dos outros.
Postado por Carlos II às 22:21:00 3 comentários
Dia da Restauração
domingo, 30 de novembro de 2008
1 de Dezembro de 1640 golpe palaciano que pôs fim a 60 anos de governo filipino em Portugal e colocou no trono o duque de Bragança D. João IV.
[...A cerimónia oficial para a aclamação do monarca foi marcada para o dia 15. Tudo se faria sem grandes festas, como D. João havia exigido. Para o efeito, ergueu-se um palanque no Terreiro do Paço...] [...De repente, toda a gente explodiu em vivas de alegria e entusiasmo. Fernão Teles de Menezes esperou que as vozes se calassem, desfraldou a bandeira das quinas e agitou-a, gritando, entusiasmado: Real! Real! Real! Pelo muito alto e poderoso rei D. João IV nosso senhor! - Viva!] [...Finalmente, Portugal libertara-se do jugo que o estrangulava e conquistara a tão merecida independência e liberdade. Extraído do livro de Isabel Ricardo "O Último Conjurado".
Postado por Carlos II às 23:28:00 12 comentários
Maria
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Admirava a sua altivez e sabedoria, além da sua serenidade e paciência para aturar todo o tipo de pessoas. Nunca lhe perdoei o facto de ter aturado com a mesma benevolência a besta do meu pai. A nossa diferença de idades era apenas de 18 anos. Seguia-me para todo o lado, controlando todos os meus passos. Cumpria escrupulosamente todas as suas determinações e os avisados conselhos. Ela foi a responsável por me encontrar ainda hoje no estado de celibatário apesar dos meus 48 anos. Quando se aproximava de mim, sentia o cheiro da sua aveludada pele, fazendo lembrar quando ainda bebé me afagava no seu regaço. Sentia-me confortável e realizado ao pé dela. Por isso nunca me aproximei e interessei por outras mulheres. Os anos foram passando e um dia senti repulsa. Senti que tinha de a matar. Ao cumprir tal hediondo acto, confesso que chorei.
Postado por Carlos II às 12:46:00 13 comentários
Histórias do Absurdo
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Matei o meu Pai
Tinha um ódio visceral ao meu pai. Sempre me contrariou nas minhas aspirações até as mais ingénuas e infantis. No entanto, sabia das suas preocupações quanto ao meu futuro. Um futuro delineado por ele evidentemente. Desde tenra idade que a sua figura me inspirava uma mistura de ódio e compaixão. Discutimos muito quando eu fiz 62 anos. Foi como fazer a catarse das nossas vidas. Mas, sobretudo matei-o porque detestava as suas botas pretas que sempre usou toda a sua vida. Enterrei-o ainda vivo. Julgo que ainda anda por aí.
Postado por Carlos II às 17:11:00 14 comentários
Stop!
terça-feira, 18 de novembro de 2008
O que nós precisamos é de parar para reflectir e como diz o referido post, é necessário sermos novamente crianças. Para termos o poder de sonhar. De sermos românticos, não no sentido único do amor, mas românticos em tudo. No acreditar que é possível reinventar tudo de novo. Utilizarmos o tempo mais para nós. Uma maneira diferente de estar com os amigos, restituir à família a importância que desmereceu. Reinventar o amor e a amizade. Voltar a respeitar os valores essenciais que fez escola na sociedade e que foram os alicerces do equilíbrio do ser humano. A não ser assim, continuaremos a estar agrilhoados pelo tempo e pelo trabalho e teremos a desilusão, o desespero e a tristeza, que é o apanágio dos nossos dias.
Depois das utopias políticas geradoras de frustrações, bem visíveis, paremos para reflectir.
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Carta de Madalena Iglésias a Luís Vaz de Camões
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
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Divina Comédia
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
- Não, pá!
- Então?
- O que nós vivemos é numa partidocracia
- Então não existem regras democráticas?
- Existem mas não são cumpridas
- Então, e o povo?
- Consome e consome-se para sustentar a banca
Os ricos renunciaram a um mundo de decência, David Riesman
Postado por Carlos II às 15:15:00 3 comentários
Folhas de Outono
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
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Lote 46
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
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Falar é Preciso
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
estamos todos tristes...agora há que levantar a cabeça...Já estamos a pensar no próximo jogo...temos que continuar a trabalhar...fizemos tudo para ganhar o jogo, não conseguimos. O futebol é isto mesmo.
O Mundo continua a querer nos tramar.
Postado por Carlos II às 21:56:00 6 comentários
Lima de Freitas
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Esta é em parte a síntese da obra e do pensamento de Lima de Freitas. Pintor, desenhador, filósofo, nascido em Setúbal (1927). Faleceu em Lisboa (1998).
Da sua obra destaco os 14 painéis destinados à estação ferroviária do Rossio, inspirados em Mitos e Lendas de Lisboa.
Decorre ciclos de conferências em torno da obra de Lima de Freitas até ao fim deste mês em Sintra na Quinta da Regaleira.
Postado por Carlos II às 10:50:00 1 comentários
Trabalhos Desactivados III
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Postado por Carlos II às 18:40:00 1 comentários
Meditação
sábado, 11 de outubro de 2008
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Ano de 68 e outras histórias associadas - 2ª. parte
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Ficava-me a "matar" aqueles sapatos de lona com sola de corda e as camisas com bolinhas com várias cores e calças "Levis". Graças aos Porfírios estava na onda psicadélica da época. Estava longe de ser um "beatnicks" mas já usava cabelo comprido. Também usava uma sacola a-tira-colo, que transportava o Emile Zola com o seu "Germinal", uns livrinhos de bolso editados pela "Europa-América" que é fácil ainda hoje de conseguir. Ouvia a estação de rádio "Em Órbita" onde me apercebi da importância social que tinha nas pessoas da minha geração, as canções de Bob Dylan e Leonard Cohen. As minhas preferências políticas e de classe, já iam para a defesa intransigente dos operários e camponeses, mas só de longe vinham os ecos da deflagração estudantil generalizada em Paris, e da invasão soviética na antiga Checoslováquia que dificilmente chegavam a Portugal.
Gostei da praia de Armação de Pera, da vida tranquila de Silves, do deslumbramento que é o espectáculo das amendoeiras em flor, do topless da Monika, da algarviada da Elsa e do Germinal do Zola.
Postado por Carlos II às 17:04:00 4 comentários
Ano de 68 e outras histórias associadas
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Abasteci-me de algumas roupas nos Porfirios uma loja da baixa de Lisboa virada para a moda jovem, que rivalizava com o Grandella e a Casa Africana. E lá fui para o sul. Assentei arraiais em casa de familiares (primos bem afastados) em Silves e foi lá que conheci a Monika, uma sueca abrasiva que adorava latinos. Estive com ela numa BOA (Base de Operações Avançado). Falamos de tudo e até da obra completa do Ingmar Bergman, que eu só conhecia Os Morangos Silvestres.
O Algarve naqueles tempos já estava a despontar, mas ainda não havia a moda das lojas Pizza Hot ou Burger King, daí ter levado o tempo todo a comer sandes de atum, para guardar algum dinheiro para as festas com a Monika. Eu andava vitorioso. Era a primeira vez que conhecia uma sueca. Antes só conhecia a Anita Ekberg e a Ingrid Bergman dos écrans de cinema. Um dia quem estragou aquele sucesso que se estendeu por dois dias, foi a Elsa que ficou fascinada com a minha cultura cinematográfica, ao ouvir a descrição que fiz da cena mais famosa do filme O Ultimo Tango em Paris com o Marlon Brando e a Maria Schneider. A Elsa era uma algarvia cheia de arrebites que afastou definitivamente a sueca. Conhecia todos os parques de diversão do Algarve o que me divertiu imenso. Estava muito interessada em sair dali (stupid place to be) segundo ela. Pois, mas o meu futuro é que não era lá muito risonho. E não foi!
Postado por Carlos II às 21:59:00 7 comentários
Pergunta
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Dilema.
Há muitos Flaubert, logo pode-se ler muitas vezes e o Eça também, e é português. Como sou conhecedor das pequenas coisas dos portugueses, deixava também este e guardaria o Kafka.
O Kafka tem mais humanidade.
Postado por Carlos II às 00:34:00 6 comentários
Assaltos
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Foto: Parque da Paz (cidade de Almada)
Postado por Carlos II às 12:13:00 4 comentários
I See The World Through You
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Postado por Carlos II às 21:46:00 6 comentários
Equívocos
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
- A dona Isabel vai comprar todos os dias o jornal e a sua revista de mexericos e está a par de todas as tropelias dos famosos, além dos crimes que aparecem por esse país fora, normalmente de fontes muito bem informadas. No seu jeito típico de falar das pessoas de Peniche, quase a cantar, pergunta pela sua revista. Pagou, disse uma graça, voltou-se rápido e para evitar o "El País" e o monte de revistas "Única" do "Expresso" que estavam no chão, acabou por me pisar. Fiz um passe de magia para evitar cair em cima das sobras do "Diário de Notícias" e ao ouvir a Dona Isabel se desculpar num I´m sorry! bem pronunciado. Retorqui. Não tem de quê!
Postado por Carlos II às 19:32:00 9 comentários
Crepúsculo
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Há medida que a idade vai avançando, sinto que regressaram alguns medos iguais àqueles que nos povoaram a nossa existência quando fomos crianças.
Além de cada vez ter mais medo de andar de avião e apesar de cantar Peniche, a verdade é que ainda não fui visitar as Berlengas, por receio de atravessar aquela parte do Atlântico, apesar de ter inteira confiança no alto profissionalismo dos tripulantes do barco "Avelar Pessoa", que em 4o minutos faz a travessia, às vezes contra ventos e marés que é de arrepiar. É como voltar à gesta quinhentista.
Dizem, contudo, que vale a pena o desembarque, porque as Berlengas é o contacto com a natureza em estado selvagem. Mas preciso de mais coragem. Ninguém é perfeito.
Postado por Carlos II às 22:59:00 4 comentários
Valorizar os Dias
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Pode-se perguntar, o que fazemos aos dias despreocupados das férias? O que se faz para melhor passar o tempo. Ou melhor "matar" o tempo. Dou por mim, a passear no jardim das Caldas da Rainha, a dar de comida aos patos no enorme lago artificial. Claro que, dá-se um mergulho na Foz do Arelho. Prova-se a ginjinha em Óbidos e caminha-se junto ao molhe Leste, apreciando as ondas furiosas contra as rochas junto da Fortaleza. Á noite na esplanada do Oceano, aprende-se melhor a palavra "amigos de Peniche", e fala-se do comportamento dos patos das Caldas da Rainha e do aquecimento global. Ao som do hino da Maria da Fonte tocado pela banda da filarmónica local, assiste-se à abertura da feira do vinho no Bombarral. A prova dos vinhos em exposição fica para mais tarde, assim como a visita à Quinta das Cerejeiras, onde é produzido o néctar. Claro que, no dia seguinte dá-se um mergulho na praia da Alfarroba, depois de terminar a leitura de "Os Males da Existência" de António Sousa Homem. Valoriza-se o supérfluo, mas é altura de se rejeitar a televisão, as desgraças, e os negócios do Estado. Com o tempo vamos ficando mais leves e mais torrados e um pouco mais velhos. Só um pouco.
II - Crónica da Passagem dos Dias
Postado por Carlos II às 21:44:00 8 comentários
Passagem dos Dias
terça-feira, 5 de agosto de 2008
O mês de Julho é o melhor mês para se passar uns dias gloriosos de sol em Peniche. O Agosto é mais traiçoeiro, normalmente com as neblinas bem cedo e as nortadas por vezes a estragar o dia para a turba estendida no imenso areal. É nessa altura que os nossos amigos, uma vez convidados a passar uns dias connosco, perguntam espantados de como é possível escolher passar as férias na antiga ilha Pelágia, agora encostada ao continente, formando uma península, a cidade de Peniche.
Postado por Carlos II às 19:42:00 4 comentários
Solto
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Boas férias para todos.
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Quinta dos Loridos
segunda-feira, 30 de junho de 2008
A Quinta dos Loridos, fica a poucos kilómetros do Bombarral e é uma exposição a céu aberto. Boa ideia Joe!
«Não corro como corria
Agostinho da Silva
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Scolari
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Toda a gente ficou espantada com a decisão do seleccionador nacional, L.F. Scolari ter anunciado a sua saída da selecção das quinas para em breve cumprir um contrato super milionáro no clube inglês do Chelsea. Tudo isto numa fase crucial do europeu em que a selecção é parte interessada. Por isso, foi muito criticado o timing do anúncio daquela decisão. Mais interessante, é que segundo se sabe agora, no hotel da selecção passearam agentes nos corredores à procura de negociatas. Os alvos preferenciais são as figuras mais mediáticas do planeta do futebol e da selecção nacional e sobretudo a sua principal vedeta, o famoso nº. 7 C. Ronaldo.
Scolari faz bem em tratar da sua vidinha, mas o seu apelo à defesa dos seus atletas e aos interesses da selecção e ao seu "patriotismo" nunca me enganaram.
Scolari foi muito inteligente ao explorar as idiossincrasias do povo português e o contexto em que vivia na altura a selecção nacional. Encenou uma farsa - o caso das bandeirinhas nas janelas e o apego a Portugal - mas para seu proveito próprio. O que ganhou em termos desportivos? Nada. E desconfio que nada mais vai ganhar. E desculpem os meus visitantes da Luz itania pouco versados nestas coisas da ciência do futebol, o Felipão é um zero em termos tácticos, mas sim muito forte apenas no aspecto psicológico. Foi aqui que ele ganhou e enganou os mais incautos.
Não se enganem, esta gente anda toda a tratar da sua vidinha, desculpando-se com a alegria do povo e desta industria que faz movimentar milhões.
Postado por Carlos II às 12:27:00 6 comentários
Circunscrever
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Dizem os americanos: We have George Bush, Stevie Wonder, Bob Hope and Johnny Cash. Respondem os portugueses: We have José Sócrates, No Wonder, No Hope and No Cash.
Com uma conjuntura difícil, sem uma política social credível e sem uma oposição apelativa, só podemos ter Sócrates e viver sem esperança e sem dinheiro.
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O Benfica em Angola
sexta-feira, 23 de maio de 2008
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"Shine a Light"
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Concerto atípico mais intimista e com um alinhamento de canções que não é habitual quando os Stones actuam em grandes estádios. Claro que lá está também "Jumping Jack Flash", "Start Me Up" e o sempre esperado "Satisfaction", mas também um momento extraordinário no "Champagne and Reefer" com o "bluesman" Buddy Guy.
A montagem é excelente, sendo curioso nos intervalos de algumas canções momentos de entrevistas antigas dos membros do grupo, em que se denota uma certa timidez nas reacções e o rídiculo de algumas perguntas da imprensa da época. Os Stones eram aves exóticas numa sociedade ainda muita conservadora - inicio dos anos sessenta - e que dava um gozo especial chocar as mentalidades.
Martin Scorsese o realizador que melhor sabe retratar e filmar Nova Iorque, não podia de deixar terminar o filme-concerto com um grande plano da cidade.
Lembrei-me do plano final do magnifico "Gangs de Nova Iorque".
Postado por Carlos II às 18:02:00 2 comentários
Livros de Bolso
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Um costume que está agora a generalizar-se, graças à editora D.Quixote, é a publicação de excelentes obras em formato de bolso. Uma prática já há muito enraizada no estrangeiro e que tardava aparecer por cá. São edições mais baratas e de bons autores e que se transporta facilmente e que pode ser lido em qualquer lado. Esta colecção chama-se Biblioteca de Autor e além deste "Sapho" de Alphonse Daudet, podemos encontrar, "Os Versículos Satânicos" de Salman Rushdie, "Memória de Elefante" de A. Lobo Antunes, entre outros.
Este "Sapho" que li numa penada em apenas dois dias, é um livro com uma história muito interessante e muito bem escrito de um autor que me surpreendeu.
É claro que também comprei "Os Versículos Satânicos", que se encontrava na minha lista de prioridades há bastante tempo.
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O Homem sem Qualidades
segunda-feira, 21 de abril de 2008
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Alentejo
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Percorrido e visitado Alcácer do Sal, encontramos a pequena aldeia de Santa Susana com suas casas brancas e azuis, a caminho de Santiago do Escoural. É no silêncio da paisagem que se enche a alma, mantendo através dos tempos essas características inconfundíveis das terras alentejanas.
Em Santiago pequena aldeia com suas ruas estreitas, os arcos, as silharias, as abóbadas e os coruchéus das suas casas, os pequenos largos, os sabores dos seus vinhos, a açorda de coentro, na casa típica do Manuel Azinheirinha, sentir assim, fora do nosso quotidiano, são sensações únicas.
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Música
terça-feira, 8 de abril de 2008
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Abril com O´Neill
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Auto-Retrato
O´Neill (Alexandre), moreno português,
cabelo asa de corvo; da angústia da cara,
nariguete que sobrepuja de través
a ferida desdenhosa e não cicatrizada.
Se a visagem de tal sujeito é o que vês
(omita-se o olho triste e a testa iluminada)
o retrato moral também tem os seus quês
(aqui, uma pequena frase censurada...)
No amor? No amor crê (ou não fosse ele O´Neill!)
e tem veleidade de o saber fazer
(pois amor não há feito) das maneiras mil
que são a semovente estátua do prazer.
Mas sofre de ternura, bebe de mais e ri-se
do que neste soneto sobre si disse...
Alexandre O´Neill
Postado por Carlos II às 17:19:00 2 comentários
Tibete
segunda-feira, 31 de março de 2008
Dizem que as pessoas de Khan são as mais pacíficas. É a província tibetana que foi absorvida pelos chineses, deixando pura e simplesmente de existir. A jovem Zhuan era natural desta região do leste.
Ao completar 19 anos deslocou-se pela primeira vez a Lassa, capital do Tibete. A cidade revelava-se triste, cinzenta, esvaziada da sua substância espiritual. Em contraste com o que seus avós lhe tinham transmitido. Zhuan estava determinada a entrar para um mosteiro, para estudar, e estar mais perto do seu guia espiritual e da religião que os seus ancestrais lhe tinham ensinado, o budismo. A sua entrada para o principal mosteiro foi difícil, esperando 1 ano depois de várias insistências e de muitas atribulações. Em 199o numa manhã, num local previamente combinado , juntamente com outras religiosas e uma centena de peregrinos, participa na primeira grande manifestação pública contra as autoridades chinesas. É presa, enviada para a penitenciária de Gutsa, onde sofre os tormentos dos interrogatórios, da tortura e da fome. Julgada e sentenciada, passa os dois anos seguintes presa. Conjuntamente com outras religiosas, resolve comprar os serviços de um "passador" e sair clandestinamente do Tibete. O destino será a Índia, para finalmente ser recebida pelo seu guia político e espiritual, Dalai Lama em Dharamsala. A viagem acidentada demorou cerca de vinte dias entre muitos sacrifícios. Mas valeu a pena. Apenas um pensamento ao chegar lhe ocupava os seus primeiros dias. O ter deixado o seu povo, os seus pais, a sua cultura. Um dia haveria de voltar.
Toda a felicidade que existe no mundo
nasceu inteiramente do desejo do bem dos outros
Toda a infelicidade que existe nasceu
do egoísmo
Preceito budista
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Trailer
sexta-feira, 28 de março de 2008
Telefonou-me ontem,
quebrando a minha rotina,
dos recentes tempos de invernia.
Disse que amava o Mestre,
que lhe ensinou,
que ainda havia de me amar.
Por isso me procurou no meu abrigo.
Disse-me que adorava os ensinamentos Zen,
os deslumbrantes Himalaias,
os versos do Leonard Cohen,
o verão de 68,
o Give a little bit dos Supertramp,
as noites do Chelsea Hotel,
o champanhe no dia 6 de Novembro,
das minhas boas causas,
blá, blá, blá, blá, blá.
Disse-me que tinha mudado,
mas os meus braços são difíceis de abrir.
Agora tudo perdeu o seu encanto.
Um dia também temos que morrer.
E tal como numa noite escura,
num cinema de reprise,
Postado por Carlos II às 16:45:00 3 comentários
Janela Indiscreta
terça-feira, 25 de março de 2008
Estes programas é o arquétipo de ideias de que, a vida é mesmo assim. Alegre e risonha, feliz e galhofeira, servida em pratos "Vista Alegre", por gente bonita e despretensiosa. Há pessoas que acreditam neste mundo do faz-de-conta. Mas, que tem custos lá isso tem. Estou-me a lembrar, por exemplo, do nivelamento por baixo que é feita a nossa cultura para as "massas". Depois não se queixem.
Evitem estes males e sobretudo constipações.
Postado por Carlos II às 13:48:00 3 comentários
quarta-feira, 19 de março de 2008
Fecho a minha loja por uns dias para limpeza geral.
Postado por Carlos II às 22:24:00 4 comentários
Big Brother
quinta-feira, 13 de março de 2008
Postado por Carlos II às 13:45:00 6 comentários
Identificação de uma Mulher
sábado, 8 de março de 2008
Postado por Carlos II às 11:47:00 6 comentários
Política
terça-feira, 4 de março de 2008
Lamento dizer, mas com este status existente, a criação de novos partidos políticos nada vem resolver, porque o mal é do próprio sistema. E como o porta-voz já insinuou que o MEP não é anti-sistema, fico na expectativa e pergunto, qual será a vantagem de mais um partido político numa área do centro, pró-sistema, embora humanista, é evidente.
Postado por Carlos II às 20:06:00 3 comentários
Tomorrow Never Knows
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
*
Não se trata de morrer, não se trata de morrer
Deixa o pensamento entrar no vazio
Ele brilha, ele brilha.
Para que vejas o significado do interior
Ele fala, ele fala
E que o amor é tudo e o amor são todos
Isso sabe-se, isso sabe-se.
Quando a ignorância e a pressa chorarem os mortos
Acredita-se, acredita-se
Mas ouve a cor dos teus sonhos
Não é viver, não é viver
Ou joga o jogo vida até ao fim
Desde o princípio, desde o princípio
Desde o princípio
*
Dedico este vídeo precisamente à autora da sugestão
Postado por Carlos II às 23:14:00 5 comentários
Diz o que andas a ler
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Postado por Carlos II às 21:11:00 6 comentários
O Ser Humano
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Porque é um ser improvável. Em princípio ele não acredita no bem. Porque se conhece. Porque está bem informado de si. Aquilo que recebe, os hábitos, educação, as contingências do meio social, não explicam o absurdo de si.
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Blogosfera
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Depois de uma viagem pelo mundo da blogosfera extrai estas pérolas para meditar:
«Apetece-me sempre ser outro, e esse também não.» Acho Eu.
«Educai as crianças e não será preciso castigar os homens» Lavoura Blog
Homens
«Os mais interessantes ou estão ocupados ou são gays» Diário de uma divorciada. Comentário meu...eu logo vi!
«Eu abro tantas excepções aquilo em que acredito que já nem sei em que acredito. Deusa do Lar. Atribuido a Scofield.
Para mim o melhor:
«A blogosfera está cada vez mais pobre, desorientada, maledicente, cinzenta, desinteressante, feia e triste. Lembra-me qualquer coisa... Ah!, já sei: Portugal. A Torre de Ramirez.
Enfim!...uns tristes e melancólicos, outros muito filosóficos e arrebatados, com humor à mistura. Um universo de estados de alma. Aliás, como convém.
Postado por Carlos II às 17:02:00 7 comentários
O Dia do Regicídio
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
Raúl Brandão "tarde azul, morna, diáfana, nem uma nuvem" . Jorge de Abreu "a impressão de que a atmosfera, excessivamente carregada, por força desabaria em medonha tempestade". António Cabral "O sol jorrava luz vivíssima sobre Lisboa, alagando de claridade as ruas e as praças. O Tejo faiscava, como se no dorso das águas fosse correndo ouro derretido" Fabrício de Lemos, um dos regicidas "O amarelo sujo dos edifícios tornara-se mais lívido à luz indecisa e triste do dia invernoso e húmido; e as árvores raquíticas que guarneciam a praça estendiam tristemente os galhos despojados como espectros gotejando. Do Tejo, sombrio e agitado, cor de chumbo, vinham grandes lufadas de vento glacial, parecendo trazer consigo gemidos e ameaças. As gaivotas pardacentas voavam baixas, piando sinistramente no grande silêncio. Nuvens loucas cor de fuligem esfarrapam-se no espaço opaco, correndo baixas e ameaçadoras" Rocha Martins "dealbava a manhã um pouco nublada mas suavizara-se, enchera-se de alegre sol, num precoce encanto da estação; a cidade estava loira de sol e as gaivotas desequilibravam voos, como tontas pela intensa luz".
Fonte: Regicidio, A Contagem Decrescente de Jorge Morais (Editora, Zéfiro)
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Agente 007 e o "Caso das Calorias de Braga"
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
O agente secreto... muito secreto, James Bah, entrou no escritório, onde miss Lili, uma loira apelativa, ia descrevendo uma série de parábolas que, até era capaz de provocar uma paragem cardíaca a um esquilo, lhe disse - Tem que se deslocar a Braga, onde temos informações sobre uma série de mortes provocadas por obesidade excessiva. Calcula-se de um pasteleiro com menos escrúpulos.
Com todo o seu aparato, lá partiu ainda de noite. Com medo que lhe faltasse a luz eléctrica, levou uma lâmpada a pilhas para alumiar o caminho. Já em Braga e sem percalços, procurou emprego no Serviço Nacional, para se disfarçar e melhor penetrar no mundo da doçaria. O que foi conseguido na "Casa dos Arcebispos", uma pastelaria fina com fabrico próprio, dos proprietários irmãos Marx. Depois de picar o ponto e de ser apresentado ao chefe dos pasteleiros, começou logo a meter a mão na massa, bem instalado na secção de folhados. Mas antes conversou calmamente com os dois irmãos (um gordo, tal como uma bola de Berlim e o outro fino como um palito). Ia substituir o Diamantino, que morrera na véspera atacado de histeria proveniente da diabetes.
No final de dois dias de intenso trabalho e de intensas meditações sobre o local, descansou no "Hotel Avé Maria" onde elaborou um relatório proveniente das suas investigações, que enviou para a Agência.
Foi chamado a Lisboa, já com todo o aparato jornalístico à perna, onde na Agência, miss Lili que continha no seu peito um bruto decote e o processo de Braga, lhe perguntou quem era o responsável pelo incremento da estranha obesidade dos cidadãos de Braga, e por consequência a causa de tantas mortes. Elementar, miss Lili. O Marx mais fininho - Porquê, James Bah? Ora miss Lili. Nunca ouviu dizer, o que não mata engorda!
Marx, o fininho, encontra-se em prisão preventiva, tendo sida constituída arguida, a senhora das Resteas de Sol, por enganar as suas amigas com a divulgação de receitas perigosas para a saúde no mundo da blogosfera e ser uma feroz consumidora de trouxas de ovos. Arrisca-se também a ir ver a Torre de Belém aos quadradinhos.
Miss Lili, entretanto, está outra vez grávida, de um novo-rico proprietário de peles de carneiro. Enquanto que, Bah ou melhor James Bah, abriu no Sameiro um negócio de hóstias, que está a resultar bem.
Postado por Carlos II às 23:10:00 8 comentários