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Céu Azul

domingo, 25 de fevereiro de 2007



Desenho do autor deste blogue

Chegar à janela e olhar o céu. Ver só o que cabe no rectângulo dela, limitado e instantâneo. E ficar perturbado por essa rápida aparição da beleza que se não sabe dizer. Há um azul intenso e profundo e a um dos lados o amontoado de uma nuvem branca, iluminada pelo sol. Como transmitir esta revelação? Quantas formas de a dizer e todas serem uma ficção do que lá está. Há uma outra coisa dessa coisa e tudo são formas fictícias de a dizer. É um céu azul e uma nuvem branca a um canto da janela. Mas o que isso foi no seu aparecer, para sempre se perdeu. Vergilio Ferreira.

Reflexão

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007




A história de Portugal, inteligente, documentada, válida e duradoura, diz que a Nação nasceu por: se fixar por; se defendeu com pinheiros e castelos sempre por; navegou por; entristeceu e se alegrou por: finalmente acabou por.
A história de Portugal pela qual vou, História sentimental e fantasiosa, meio inventada talvez em muito ponto, garante-me logo de começo que a Nação para: se definia para; casou para; navegou para; desanimou para e reagiu para e acabará para. Eu me explico tanto quanto posso. Nasceu para ocupar a melhor das costas, dando naturalmente para o mar, mas sobretudo para o Oceano, que permite ir a todo o lado, para aprender a bolinar, para completar o Império Romano que soberanos e legiões tinham deixado só como esboço, com uns lambiscos de Europa e nos desembarcadouros de África e umas vagas ideias de Ásia: para universalizar Direito tirado pelos romanos da Filosofia Grega, como engenharia baseada no Euclides: lógica de guerrear da de pensar; para, depois de ouvir a Isabelinha de Aragão, projectar para o mundo inteiro o entender e adorar o Divino, de ser a criança o maior dos milagres, de não se ter de ganhar a vida, o que a amesquinha, e de não haver prisões, nem as de grades, nem sobretudo, porquanto piores, as que são de dúvidas. Têm razão os sábios, que tanto respeito, que Portugal sempre foi, sempre é e sempre será para. Obrigando-nos a todos nós, o que sabemos para, servindo-nos para tal do que somos por. Vocês não acham?
Agostinho da Silva

Trabalhos Desactivados

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007


ALENTEJO

I - Minas de S. Domingos



II - Minas de S. Domingos



III - Minas de S. Domingos


(...) "Terra da nossa promissão, da exígua promissão de sete sementes, o Alentejo é na verdade o máximo e o mínimo a que podemos aspirar: o descampado dum sonho infinito, e a realidade dum solo exausto. (...) O Alentejo, visitado por alguém que leve consigo a capacidade emotiva e compreensiva de um verdadeiro curioso, é um Sésamo que se abre. As suas fainas, os seus costumes, as mutações impressionantes do seu rosto quando tem frio ou quando tem calor, os seus trajes e a sua própria fala - são outros tantos motivos de meditação e admiração." Miguel Torga.

Os Grandes Portugueses

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007


Tenho acompanhado com curiosidade o programa da rtp "Os Grandes Portugueses" e descontando o processo de escolha daqueles que mais se destacaram na história de Portugal, para o melhor e pior, o programa possui de certo modo alguma importância, servindo perfeitamente os objectivos da rtp do tão falado serviço público.
Se eu tivesse disposto a participar na votação, o que não o vou fazer, estaria a pensar em dois nomes dos mais importantes da nossa história, D. Afonso Henriques e D.Dinis. Como tinha que escolher só uma personalidade, escolheria o rei D.Dinis.

D.Dinis
D. Dinis foi o nosso rei que melhor entendeu o espírito dos templários. Assegurando a ponte entre o visível e o invisível, entre o mundo material e o mundo espiritual, D.Dinis preparou a gesta gloriosa dos Descobrimentos. Foi quem criou a Ordem de Cristo, desobedecendo ao Papa Clemente V e às perseguições dos cavaleiros templários ordenada por Filipe, o Belo, substituindo a extinta Ordem do Templo. Com esta decisão deixou um precioso legado de riqueza a Portugal, mais sobretudo a riqueza maior dos seus conhecimentos e experiência.
De D.Dinis, um rei culto, trovador, já muito se escreveu, é tema inesgotável da história de Portugal.

Na noite escreve um seu Cantar de Amigo
O plantador de naus a haver,
E ouve um silêncio múrmuro consigo:
É o rumor dos pinhais que, como um trigo
De Império, ondulam sem se poder ver.
Arroio, esse cantar, jovem e puro,
Busca o oceano por achar;
E a fala dos pinhais, marujo obscuro,
É o som presente desse mar futuro,
É a voz da terra ansiando pelo mar.
Fernando Pessoa

Lugares Mágicos

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Convento de Cristo

TOMAR
Considera-se um lugar mágico, algo físico que não é facilmente perceptível. Lug era uma divindade celta que tinha como atributo ver na obscuridade.
Tomar é justamente com Sagres um dos dois lugares míticos e representa para a actualidade uma chave priveligiada para o estudo e compreensão do espirito que esteve na génese da fundação de Portugal e da epopeia dos Descobrimentos portugueses. "(...) Se eu conseguir imaginar um castelo templário, assim era Tomar. Sobe-se por uma estrada fortificada que bordeja os bastiões exteriores, de seteiras em forma de cruz, respira-se uma atmosfera cruzada desde o primeiro instante. Os cavaleiros de Cristo tinham prosperado durante séculos naquele lugar: a tradição pretende que tanto o infante D. Henrique como Cristóvão Colombo eram dos deles, e com efeito haviam-se dedicado á conquista dos mares fazendo a riqueza de Portugal." Referência de Humberto Eco na sua obra "O Pêndulo de Foucault.
A igreja de Santa Maria do Olival (igreja templária), o castelo e a charola, são importantes pontos de referência para se poder sentir a espiritualidade templária.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007


De raízes profundas a catedral cresceu.
Árvore sagrada plena de luz.
Onde as energias se cruzam,
é colocada a pedra angular
A Obra está completa.

Victor Ferreira