Auto-Retrato
O´Neill (Alexandre), moreno português,
cabelo asa de corvo; da angústia da cara,
nariguete que sobrepuja de través
a ferida desdenhosa e não cicatrizada.
Se a visagem de tal sujeito é o que vês
(omita-se o olho triste e a testa iluminada)
o retrato moral também tem os seus quês
(aqui, uma pequena frase censurada...)
No amor? No amor crê (ou não fosse ele O´Neill!)
e tem veleidade de o saber fazer
(pois amor não há feito) das maneiras mil
que são a semovente estátua do prazer.
Mas sofre de ternura, bebe de mais e ri-se
do que neste soneto sobre si disse...
Alexandre O´Neill
Abril com O´Neill
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Postado por Carlos II às 17:19:00
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2 comentários:
Hum..apena sum jinho de bom fim de semana... laura..
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