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Tomorrow Never Knows

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Não vou mencionar as seis canções que me marcaram, conforme sugestão da Ahlka. Vou apenas mencionar uma que, na altura da minha adolescência me causou uma impressão considerável. Tomorrow Never Knows, de John Lennon e Paul McCartney.

*

Desliga a mente, acalma-te e flutua com a corrente,
Não se trata de morrer, não se trata de morrer
Deixa o pensamento entrar no vazio
Ele brilha, ele brilha.
Para que vejas o significado do interior
Ele fala, ele fala
E que o amor é tudo e o amor são todos
Isso sabe-se, isso sabe-se.
Quando a ignorância e a pressa chorarem os mortos
Acredita-se, acredita-se
Mas ouve a cor dos teus sonhos
Não é viver, não é viver
Ou joga o jogo vida até ao fim
Desde o princípio, desde o princípio
Desde o princípio

*
Dedico este vídeo precisamente à autora da sugestão



Diz o que andas a ler

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Comecei este fim-de-semana a ler Mort, um livrinho com uma capa que é uma delícia, cujo autor, o inglês Terry Pratchett, ficou famoso pelas suas histórias cheias de fantasia e humor editada pela série Discworld. Os seus livros já foram editados e traduzidos para mais de 25 países. O seu sucesso comercial só é equiparado a J.K. Rowling a autora de Harry Potter. Desconhecia completamente este autor, e ao comprar fui seduzido pela capa e pelo seu formato de bolso. Depois de uma investida na net, constatei a semelhança tipo fantasia com Harry Potter, mas para as histórias de Terry o humor e o sarcasmo estão presentes.



Talvez me convença depois de ler este Mort a perder as minhas resistências a comprar Harry Potter.

O Ser Humano

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

«O fim da vida é o desenvolvimento pessoal. Chegar a uma perfeita realização de sua natureza - é para isso que estamos aqui.» Oscar Wilde.

Porque é um ser improvável. Em princípio ele não acredita no bem. Porque se conhece. Porque está bem informado de si. Aquilo que recebe, os hábitos, educação, as contingências do meio social, não explicam o absurdo de si.

Blogosfera

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Depois de uma viagem pelo mundo da blogosfera extrai estas pérolas para meditar:

«Está bem, está na altura de acordar, mas como é que se pode acordar quando toda a gente quer continuar a sonhar? Abrupto.

«Apetece-me sempre ser outro, e esse também não.» Acho Eu.

«Educai as crianças e não será preciso castigar os homens» Lavoura Blog

Homens
«Os mais interessantes ou estão ocupados ou são gays» Diário de uma divorciada. Comentário meu...eu logo vi!

«Eu abro tantas excepções aquilo em que acredito que já nem sei em que acredito. Deusa do Lar. Atribuido a Scofield.

Para mim o melhor:
«A blogosfera está cada vez mais pobre, desorientada, maledicente, cinzenta, desinteressante, feia e triste. Lembra-me qualquer coisa... Ah!, já sei: Portugal. A Torre de Ramirez.

Enfim!...uns tristes e melancólicos, outros muito filosóficos e arrebatados, com humor à mistura. Um universo de estados de alma. Aliás, como convém.


Refúgio

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008


Sábado, 17:30 (Forte de Peniche)

Sábado, 17:40 (Remédios)

Sábado, 17:50 (Cabo Carvoeiro)


Quando estou
junto ao mar,
uma voz
me chama das profundezas.
Sinto
a minha pequenez
e o imenso da Criação.
Parece que foi ontem...
E já a sombra do espantalho!

(Victor Ferreira)

O Dia do Regicídio

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Na ausência de um boletim meteorológico, curiosa é a descrição do dia 1 de Fevereiro de 1908 no Terreiro do Paço, feito pelos contemporâneos, conforme o ângulo de visão e de diferentes perspectivas políticas.

Raúl Brandão "tarde azul, morna, diáfana, nem uma nuvem" . Jorge de Abreu "a impressão de que a atmosfera, excessivamente carregada, por força desabaria em medonha tempestade". António Cabral "O sol jorrava luz vivíssima sobre Lisboa, alagando de claridade as ruas e as praças. O Tejo faiscava, como se no dorso das águas fosse correndo ouro derretido" Fabrício de Lemos, um dos regicidas "O amarelo sujo dos edifícios tornara-se mais lívido à luz indecisa e triste do dia invernoso e húmido; e as árvores raquíticas que guarneciam a praça estendiam tristemente os galhos despojados como espectros gotejando. Do Tejo, sombrio e agitado, cor de chumbo, vinham grandes lufadas de vento glacial, parecendo trazer consigo gemidos e ameaças. As gaivotas pardacentas voavam baixas, piando sinistramente no grande silêncio. Nuvens loucas cor de fuligem esfarrapam-se no espaço opaco, correndo baixas e ameaçadoras" Rocha Martins "dealbava a manhã um pouco nublada mas suavizara-se, enchera-se de alegre sol, num precoce encanto da estação; a cidade estava loira de sol e as gaivotas desequilibravam voos, como tontas pela intensa luz".

Fonte: Regicidio, A Contagem Decrescente de Jorge Morais (Editora, Zéfiro)