Telefonou-me ontem,
quebrando a minha rotina,
dos recentes tempos de invernia.
Disse que amava o Mestre,
que lhe ensinou,
que ainda havia de me amar.
Por isso me procurou no meu abrigo.
Disse-me que adorava os ensinamentos Zen,
os deslumbrantes Himalaias,
os versos do Leonard Cohen,
o verão de 68,
o Give a little bit dos Supertramp,
as noites do Chelsea Hotel,
o champanhe no dia 6 de Novembro,
das minhas boas causas,
blá, blá, blá, blá, blá.
Disse-me que tinha mudado,
mas os meus braços são difíceis de abrir.
Agora tudo perdeu o seu encanto.
Um dia também temos que morrer.
E tal como numa noite escura,
num cinema de reprise,
as luzes do écran se apagaram lentamente.
The End
3 comentários:
O passado ronda à sua porta?
Pelo visto as coisas não foram tão simples assim.
Quem sabe um dia você conta essa história pra nós sem censura e com todas as minúcias que o caso requer.
Um abraço.
São casos de vida, que todos nós passamos. São histórias nem sempre vividas por mim, que entretanto gosto de "montar".
Um abraço
Carlos, o trailer dava um excelente argumento de cinema, se bem que continue a preferir happy ends, em vez de "filmes" em que os timings se desenquadram... que, para isso, a realidade é suficiente!
Jinhos!
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