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Resultado Pobre de uma Revolução

quinta-feira, 23 de abril de 2009


Com o 25 de Abril de 1974 morreu definitivamente o Portugal providencialista - corrente espiritual do pensamento que teve em nomes como Agostinho da Silva, Fernando Pessoa e Sampaio Bruno, o expoente máximo de uma ideia de pátria, ressurgindo na década de 60 na obra de Carlos Eduardo Soveral, sobre a ideia da pátria una-pluricontinental.

Depois de um período marcado pelo vanguardismo revolucionário de inspiração comunista, o país entrou na Comunidade Económica Europeia. É o Portugal dos fundos comunitários, da tecnocracia, da prevalência das razões económicas, servidas por técnicos assépticos, sem opinião, oportunistas ao serviço dos chefes de ocasião, diga-se politicos. Dos orgãos de comunicação social - jornais e televisões, revistas, criando eles próprios os novos valores, modas e hábitos e vontades de consumo das populações, também eles ao serviço de interesses economicistas das grandes empresas entretanto criadas. É o Portugal de uma nova geração iPod e telemóvel em riste e da net, não obstante afastada e isolada do conhecimento da sua própria identidade histórica e cultural.

Com estas ideias de merda, exclusivamente utilitárias, esta gente instalada - como dizia alguém - nem sequer conseguiriam no século XV descobrir a Madeira.

É esta data 25 de Abril, que nos pedem mais uma vez para celebrar. Para lembrar os seus heróis e os seus nomes, as canções, os factos que a esta geração já nada diz. Fica para trás para as pessoas da minha geração a utopia da construção de uma sociedade mais justa, de liberdade, fraternidade e de humanismo.

O Portugal que fui educado, que aprendi a amar e a respeitar, independentemente dos regimes e dos desígnios da história, morreu definitivamente em 1974.

Amo-te!

terça-feira, 21 de abril de 2009


Numa entrevista concedida a Maria João Seixas, a escritora Agustina Bessa-Luís, por muitos considerada a melhor escritora portuguesa da actualidade, dizia que as melhores cartas de amor, são e foram geralmente escritas por homens. Não me espanta esta afirmação da escritora. E compreende-se. Já há muito tenho a opinião que, os homens possuem uma maior capacidade para amar.

É o homem que tem a iniciativa e procura o seu objecto de amor. Aí ele já leva vantagem relativamente à mulher que, perante o facto da existência desse amor, apenas decidirá se o "assunto" tem pernas para andar. É por isso é que se diz que são as mulheres que escolhem. Mas não é verdade.

Gravura de um quadro de Gustav Klimt

Analfabeto Emocional

quinta-feira, 16 de abril de 2009


Segundo os jornais, a psiquiatra austríaca a quem foi dada a tarefa de avaliar Joseph Fritz, o protagonista de uma das histórias mais macabras que me foi possível ter conhecimento - o homem que encarcerou a sua própria filha durante 24 anos, mantendo com ela relações sexuais - descreve o nosso homem como um analfabeto emocional.
Nunca tinha ouvido esta expressão, certamente muito técnica, e diz que é caso único. Bem, com estas características tão montruosas talvez. Mas nós continuamos a não saber o que vai dentro de nós. Nem queremos saber. No entanto vamos sabendo de alguns aspectos exteriores nos outros. Como o amor exagerado por animais. O receio de elogiarmos e amar os outros. Atitude mórbida de conhecer os aspectos mais degradantes da sociedade. Valorizar em primeiro lugar, os bens materiais em detrimento às coisas do espirito. O alto valor da pertença dos bens e de pessoas. Encontrar nos outros as causas dos nossos insucessos e problemas. Enfim, uma designação que assenta como uma luva em todos nós.


Basta Ya!

sábado, 11 de abril de 2009

Pois é! Nós temos que ser realistas. Eu não tenho jogadores capazes de fazer uma equipa que condiga com o prestigio do clube. Admito que também não tenho sido sincero para com os adeptos, porque, evidentemente, os senhores que comandam o SLB não podem dizer a verdade. Devia ser eu, como principal responsável que num exercício de honestidade fosse capaz de informar os adeptos que existem outros melhores do que nós, até equipas com orçamentos mais reduzidos. Temos que falar a verdade. Até para a próxima época.

Democracia?

terça-feira, 7 de abril de 2009

"Todos somos feitos do mesmo barro, mas não do mesmo molde" Provérbio Mexicano.

Hoje na minha caixa de correio, recebi um vídeo de cenas lamentáveis de um espancamento brutal de um jovem por um gang na cidade do Porto. Tudo isto, perante a passividade e indiferença de algumas pessoas que presenciaram esta cena.

O pior que pode acontecer num estado de direito é a justiça não funcionar, ou apresentar aos cidadãos o espectáculo degradante de impotência perante os diversos interesses instalados. É isso que neste sítio mal frequentado se passa neste momento. Como é que a população responde perante isso!? Com o indiferentismo e o medo. E o papel da polícia? Esses andam mais preocupados com os seus problemas corporativos e igualmente vivendo com os seus receios, do que assegurar a segurança das pessoas. Temos hoje uma democracia formal com um povo sonolento entretido com o futebol e com o preenchimento dos boletins do euro-milhões, vivendo para o Estado, enquanto que o mais certo seria o Estado estar ao serviço dos contribuintes. As diversas formas de violência que vamos constatando, são os pequenos cumes de um vulcão, sempre a crescer e cada vez mais visível, num mundo falho de calor humano e de luz (conhecimento e clarividência)que vem do alto e que nos inspira.


As Queixas da Cegonha

sexta-feira, 3 de abril de 2009


O mundo era mundo por ser imundo e que a Lusitânia era o que era para que ninguém nela pudesse luzir.

Extraído do "Bestiário Lusitano" de Alberto Pimenta.


Um autêntico e alegre fim-de-semana.