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Desconcerto...

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

... Ou como a Ahlka ficou sem o piano com uma pequena ajuda de Charlie.

Vida moderna

domingo, 26 de agosto de 2007

Hoje o verdadeiro problema feminino é aprender a fazer um autêntico malabarismo com o trabalho, o amor, o lar e os filhos. Betty Friedan

Quem é Betty Friedan? Fundadora do National Organization for Woman. O seu livro "The Feminine Mystique foi o catalizador nos USA do movimento feminista tendo gerado grande polémica no final dos anos 50. Ideias centrais do livro: As muheres são vítimas de um sistema perverso de valores falsos, que as levam a acreditar que podem se realizar e encontrar a sua identidade através do marido e dos filhos. Sendo uma mentira que a vida perfeita das donas de casa americanas, modelo dos anos 50, seja o paradigma do modelo fundamental de realização da mulher.

É claro que Betty Friedan ao descrever os malabarismos com que iniciei este post, estava já nos nossos dias. Porque são estas as queixas habituais das mulheres nos dias de hoje. Também tenho cá em casa uma senhora que possui os mesmos sintomas. Todos conhecem o assunto. Mas, então o que aconteceu? O que eu acho é que afinal os esforços das feministas, isto apesar de conquistas evidentes da mulher na sociedade, não serviram os objectivos que inicialmente se previa. E, se calhar, agora o problema é mais gravoso. Onde está o mal? O assunto é complexo. Julgo que a culpa não é delas (poderá ser das suas ambições mal calculadas) nem dos homens, (esses já estão fartos de servirem de bodes expiatórios). É a vida! Não. E que tal pensar que a culpa é do sistema. Assim como a seguir à Revolução Industrial, o sistema necessitou da mão-de-obra barata das mulheres, fazendo-as sair de casa, hoje o sistema e o consumismo tratou de as agrilhoar com o pretexto, mais uma vez da sua liberdade e emancipação. Talvez seja isto. Que acham?

Vem isto a propósito de um post colocado no blog do Jotabê "Desabafo de uma mulher moderna". Muito irónico e pertinente que faz meditar. Daí ter me lembrado fazer esta reflexão aqui.

Silly Season

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Agosto é por excelência o mês de todas as particularidades próprias de uma estação vivida em estado eufórico, descontraída q.b. Chamam-lhe a estação pateta. Parece que o mundo ocidental e cristão vai todo de férias. As viagens sucedem-se a um ritmo avassalador entupindo os aeroportos, repletos de gente agoniada em filas intermináveis à espera de um saltinho de 9 horas, até aos sítios mais paradisíacos do planeta. É quando nas estradas e auto-estradas aparecem os kamikazes de volante nas mãos em autênticas piruetas morrendo alegremente como tordos. É a estação de todos os sorrisos pepsodent, chinela nos pés e de inúmeros very well...Está tudo bem!?. Das festas e romarias de tudo quanto é sítio. Dos festivais de música, com aqueles cantores e cantoras de temas melodoces, uns, manhosos outros, fazendo a delícia de adolescentes, e das mulheres de meia idade mal-amadas. Das notícias dos famosos nas revistas do coração, passeando em Vilamoura com as suas caras metade, banhando-se em uisque à noite em festas cheias de glamour para afugentar o tédio dos outros dias. Da ausência de política e dos políticos nos noticiários televisivos. Esperando-se para breve, aquilo que se designou chamar a rentrée política. Festas-comício à beira-mar para apresentação das grandes linhas programáticas tendo em vista a felicidade de todos.
Para não tornar ainda mais fastidioso ou até ainda mais pateta este texto, termino aqui e volto para o país real, depois de umas "braçadas" na praia da Alfarroba com o Baleal à vista.

Óbidos

terça-feira, 7 de agosto de 2007

O casario encontra-se a 79 m de altitude, envolvido por uma muralha que abraça um cabeço dolomético coroado pelo altivo castelo medieval, das mais típicas fortalezas do país.
O mês de Julho e perto do castelo decorre o mercado medieval. Homens e mulheres com trajes da época representam figuras nas festas dos loucos e nos sabats das bruxas.
É tempo dos autos-de-fé, de penitências e indulgências em paralelo com heresias e idolatria. Demologia e necromância encontram a repressão que envolve os alquimistas, astrólogos e bruxas.
É uma visita a reter.