Para terminar a minha lista de prazeres confessáveis, dependências e obsessões, vou aqui reportar um dos meus antigos amores, eis o cinema.
Desde pequeno, porque lá nisso a minha mãe também era grande cinéfila, que ela procurou me educar e penetrar nos meandros da chamada sétima arte.
A minha primeira incursão na magia das figuras da sala escura, foi no Édan (hoje parece-me que é um hotel) nos Restauradores. O filme era o Tarzan, O Homem Macaco, com o Johnny Weissmuller e a Maureen O' Sullivan.
Na minha adolescência ia quase todos os dias ao cinema e onde aprendi a gostar do cinema europeu. Na altura o cinema italiano com o neo-realismo e o cinema francês com a nouvelle vague dava cartas. Não esquecendo o cinema inglês, evidentemente. Claro que acho o cinema americano como arte e de fazer indústria que é o melhor, mas o cinema europeu fala a linguagem de qualquer europeu.
Vem tudo isto a propósito de falar de um dos meus prazeres e de ter visto esta semana o filme de Cédric Klapisch, Paris. Uma história de diversas histórias de acontecimentos que se cruzam no dramatismo de diversas vidas na bela cidade de Paris. A emigração, a sida e as relações liberais de jovens casais, os desencontros de famílias, o desemprego e o afundar da classe média. Conhecido, não!?
O melhor do cinema europeu. Um prazer a revisitar.