Quem é que não gosta de ver um rapaz que tem o sangue na guelra, e que se atira assim. A flor da fidalguia portuguesa ali morreu. Outros ficaram prisioneiros. Os soldados fugiram. D. Sebastião desapareceu e não deixou descendentes. No meio do caos sucedeu-lhe seu tio, o cardeal D. Henrique que não era pessoa esperta. Perdeu-se Portugal. Quem se aproveitou da desgraça foram os espanhóis sob a batuta de Filipe I, segundo de Espanha. O que ganhámos em estarmos juntos com a Espanha? Foi termos à perna os ingleses e os holandeses. Os fidalgos, em Lisboa, sentiam-se cada vez mais dispostos a mandar os espanhóis para o diabo. Corria uma onda de protestos e uma imprensa clandestina que clamava pelo duque de Bragança, D. João. Com Filipe III que nomeara para seu primeiro-ministro, o conde-duque de Olivares, que imaginou que havia de acabar com os privilégios das províncias, principalmente com os de Portugal no Brasil, nomeou a duqueza de Mantua, e para secretário do governo um português, Miguel de Vasconcelos, que era um bom velhaco, principalmente para os seus compatriotas. A revolta generaliza-se e a conspiração protagonizada por João Pinto Ribeiro e de D. Antão de Almada sai à rua. Morto Miguel de Vasconcelos, desarmam a guarda, abrem as janelas e dão vivas ao duque de Bragança, rei de Portugal e ao sr. D. João IV. Parecia que o país não tinha feito senão acordar de um pesadelo.
Numa altura em que andam prái muitos Migueis de Vasconcelos travestidos de democratas olhando só para os seus próprios interesses e vaidades, é necessário que os portugueses pensem nesta importante data e que não considerem somente mais um feriado que se cumpre.
Numa altura em que andam prái muitos Migueis de Vasconcelos travestidos de democratas olhando só para os seus próprios interesses e vaidades, é necessário que os portugueses pensem nesta importante data e que não considerem somente mais um feriado que se cumpre.