Com a certeza da minha incorporação no serviço militar e o espectro da guerra colonial no horizonte próximo, fiz uma viagem até ao Algarve onde passei 5 dias. O verão estava quente e era o ano de brasa. Houve o Maio de 68 em Paris e a Primavera de Praga. Dois factos políticos importantes. Ouvia-se na rádio, Scott McKenzie, S. Francisco Be Sure to Wear Flowers in your Hair.
Abasteci-me de algumas roupas nos Porfirios uma loja da baixa de Lisboa virada para a moda jovem, que rivalizava com o Grandella e a Casa Africana. E lá fui para o sul. Assentei arraiais em casa de familiares (primos bem afastados) em Silves e foi lá que conheci a Monika, uma sueca abrasiva que adorava latinos. Estive com ela numa BOA (Base de Operações Avançado). Falamos de tudo e até da obra completa do Ingmar Bergman, que eu só conhecia Os Morangos Silvestres.
O Algarve naqueles tempos já estava a despontar, mas ainda não havia a moda das lojas Pizza Hot ou Burger King, daí ter levado o tempo todo a comer sandes de atum, para guardar algum dinheiro para as festas com a Monika. Eu andava vitorioso. Era a primeira vez que conhecia uma sueca. Antes só conhecia a Anita Ekberg e a Ingrid Bergman dos écrans de cinema. Um dia quem estragou aquele sucesso que se estendeu por dois dias, foi a Elsa que ficou fascinada com a minha cultura cinematográfica, ao ouvir a descrição que fiz da cena mais famosa do filme O Ultimo Tango em Paris com o Marlon Brando e a Maria Schneider. A Elsa era uma algarvia cheia de arrebites que afastou definitivamente a sueca. Conhecia todos os parques de diversão do Algarve o que me divertiu imenso. Estava muito interessada em sair dali (stupid place to be) segundo ela. Pois, mas o meu futuro é que não era lá muito risonho. E não foi!
Abasteci-me de algumas roupas nos Porfirios uma loja da baixa de Lisboa virada para a moda jovem, que rivalizava com o Grandella e a Casa Africana. E lá fui para o sul. Assentei arraiais em casa de familiares (primos bem afastados) em Silves e foi lá que conheci a Monika, uma sueca abrasiva que adorava latinos. Estive com ela numa BOA (Base de Operações Avançado). Falamos de tudo e até da obra completa do Ingmar Bergman, que eu só conhecia Os Morangos Silvestres.
O Algarve naqueles tempos já estava a despontar, mas ainda não havia a moda das lojas Pizza Hot ou Burger King, daí ter levado o tempo todo a comer sandes de atum, para guardar algum dinheiro para as festas com a Monika. Eu andava vitorioso. Era a primeira vez que conhecia uma sueca. Antes só conhecia a Anita Ekberg e a Ingrid Bergman dos écrans de cinema. Um dia quem estragou aquele sucesso que se estendeu por dois dias, foi a Elsa que ficou fascinada com a minha cultura cinematográfica, ao ouvir a descrição que fiz da cena mais famosa do filme O Ultimo Tango em Paris com o Marlon Brando e a Maria Schneider. A Elsa era uma algarvia cheia de arrebites que afastou definitivamente a sueca. Conhecia todos os parques de diversão do Algarve o que me divertiu imenso. Estava muito interessada em sair dali (stupid place to be) segundo ela. Pois, mas o meu futuro é que não era lá muito risonho. E não foi!