Manhã húmida e nevoeiro intenso neste dia de Dezembro. Abandonei-me a ele e deixei seguir os meus pensamentos, emoções e memórias. As árvores, as silhuetas, as folhas caídas. O estranho instante da objectiva. Não sei que estranho e oculto desejo que me queria revelar.
Jardim de Almada às 9 horas
Ser sensível ao que se quer revelar e ser só a sua revelação. E o mundo existir, porque o revelou. E é tudo. Vergílio Ferreira
6 comentários:
Ando com um poema na cabeça da Fernanda de Castro, que aprendi em miúda, que começa:
Fim de Outono... Folhas mortas...
Sol doente... Nostalgia...
Ainda o posto um dia destes!
Quer dizer, este teu post fez-me recordá-lo mais uma vez...
Tem graça ó moço, mas isto dá com o que fiz hoje e raramente faço, adoro nevoeiro e lembrei-me de ir a um lugar e fui entre as brumas dele, sai de casa nem 8 h eram e o marido; vais onde? e eu; venho já, mas nem tomaste o pequeno almoço! Pois não, mas já venho, e vou a pé! e fui por ai no meu passo apressadinho e a ver o nevoeiro a cair por todos os lados... Regressei pouco depois, ele fora-se embora...O meu querido nevoeiro, pois quem querias que fosse?...
Invejo este teu passeio matinal...Eu sei, é feio invejar, então digamos que me consigo imaginar a fazer esse passeio...Lindo!
Não terás sido a revelação desse bonito instante :)
Olha, pá próxima diz e vamos dar os dois um passeio à maneira, começamos ao mesmo tempo e acabamos e mandamos fotos dos lugares por onde andamos, nunca sai tão cedo como hoje para me embrenhar no nevoeiro, mas hei-de repetir...só que não ando de maquineta mas posso andar, só que há-de ter quem se ria de me ver ali sem ter de ir trabalhar...
Hoje embrenhei-me na bruma, em Amares na casa da minha mãe, choveu toda a manhã devagarinho, aquela morrinha suave que ma parece que molha, mas que beleza encontro nas cores da natureza e nos céus...é que se fosse sempre tudo da mesma cor e feição, acho que enjoávamos todos...
Jinho a ti...
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