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Tibete

segunda-feira, 31 de março de 2008


O domínio da China desta região remonta ao ano de 1950. O Tibete país com uma cultura milenar, sofre hoje uma das maiores opressões que um povo pode sofrer. A perda da sua própria identidade. Calcula-se que entre os anos de 1991 e 1993 uma centena de religiosas por ano que fugiram do regime opressor de Pequim.

Dizem que as pessoas de Khan são as mais pacíficas. É a província tibetana que foi absorvida pelos chineses, deixando pura e simplesmente de existir. A jovem Zhuan era natural desta região do leste.

Ao completar 19 anos deslocou-se pela primeira vez a Lassa, capital do Tibete. A cidade revelava-se triste, cinzenta, esvaziada da sua substância espiritual. Em contraste com o que seus avós lhe tinham transmitido. Zhuan estava determinada a entrar para um mosteiro, para estudar, e estar mais perto do seu guia espiritual e da religião que os seus ancestrais lhe tinham ensinado, o budismo. A sua entrada para o principal mosteiro foi difícil, esperando 1 ano depois de várias insistências e de muitas atribulações. Em 199o numa manhã, num local previamente combinado , juntamente com outras religiosas e uma centena de peregrinos, participa na primeira grande manifestação pública contra as autoridades chinesas. É presa, enviada para a penitenciária de Gutsa, onde sofre os tormentos dos interrogatórios, da tortura e da fome. Julgada e sentenciada, passa os dois anos seguintes presa. Conjuntamente com outras religiosas, resolve comprar os serviços de um "passador" e sair clandestinamente do Tibete. O destino será a Índia, para finalmente ser recebida pelo seu guia político e espiritual, Dalai Lama em Dharamsala. A viagem acidentada demorou cerca de vinte dias entre muitos sacrifícios. Mas valeu a pena. Apenas um pensamento ao chegar lhe ocupava os seus primeiros dias. O ter deixado o seu povo, os seus pais, a sua cultura. Um dia haveria de voltar.


Toda a felicidade que existe no mundo
nasceu inteiramente do desejo do bem dos outros

Toda a infelicidade que existe nasceu
do egoísmo

Preceito budista

Trailer

sexta-feira, 28 de março de 2008


Telefonou-me ontem,
quebrando a minha rotina,
dos recentes tempos de invernia.
Disse que amava o Mestre,
que lhe ensinou,
que ainda havia de me amar.
Por isso me procurou no meu abrigo.
Disse-me que adorava os ensinamentos Zen,
os deslumbrantes Himalaias,
os versos do Leonard Cohen,
o verão de 68,
o Give a little bit dos Supertramp,
as noites do Chelsea Hotel,
o champanhe no dia 6 de Novembro,
das minhas boas causas,
blá, blá, blá, blá, blá.
Disse-me que tinha mudado,
mas os meus braços são difíceis de abrir.
Agora tudo perdeu o seu encanto.
Um dia também temos que morrer.
E tal como numa noite escura,
num cinema de reprise,
as luzes do écran se apagaram lentamente.
The End


Janela Indiscreta

terça-feira, 25 de março de 2008


Devido a uma arreliadora constipação, ontem estive retido no sofá, coberto de mantas e de atenções, onde tive a oportunidade e a paciência de absorver tudo o que se passava na janela mágica que é a nossa tv. Vi pela negativa...para observar até onde aquilo chegava, os programas da manhã da tvi e sic. Francamente, não sei como classificar o que vi. Tele-lixo, infantilidade. Não sei. Mas sei que há pessoas que gostam. Existe público para todo o tipo de voyeurismo. Compreendo a atitude imbecil dos apresentadores e convidados, sempre a rir, tornando a merda mais bonita.

Estes programas é o arquétipo de ideias de que, a vida é mesmo assim. Alegre e risonha, feliz e galhofeira, servida em pratos "Vista Alegre", por gente bonita e despretensiosa. Há pessoas que acreditam neste mundo do faz-de-conta. Mas, que tem custos lá isso tem. Estou-me a lembrar, por exemplo, do nivelamento por baixo que é feita a nossa cultura para as "massas". Depois não se queixem.

Evitem estes males e sobretudo constipações.

quarta-feira, 19 de março de 2008


Fecho a minha loja por uns dias para limpeza geral.



Desejo a todos os meus visitantes e amigos UMA BOA PÁSCOA

Big Brother

quinta-feira, 13 de março de 2008

Oiço constantemente palavras de pessoas que possivelmente me querem bem. Que me dão conselhos e como devo proceder. Que se importam com a minha saúde e com os meus gastos. Que me querem ver feliz...definitivamente. Oiço palavras muito profundas de gente que me oferecem um mundo sem guerras e sem dor. Um caminho de luz, mas completamente controlado por eles. Bom, o diabo também tem um plano para me oferecer.

Identificação de uma Mulher

sábado, 8 de março de 2008

Depois de breves momentos de silêncio no meu quarto, comecei a lembrar aquela mulher. Já esqueci o seu nome. Que importa agora o nome. Não era bonita. Passava completamente despercebida a um homem na rua. Era daquelas mulheres encantadoras, de voz doce e gestos simples. Muito instável. Não consegui descobrir algo do seu passado. Mulher enigmática que vivia só no presente. Não sei se a amei. Também não sei se ela me amava. Também isso agora pouco importa. Sei que ela foi o meu diamante por lapidar. Mulher que deixa marcas. Há mulheres assim. Que por demais definições, nos reforça a ideia que não vale a pena tentar compreender uma mulher.

Política

terça-feira, 4 de março de 2008

É raro escrever sobre política, mas vou hoje abrir uma excepção não desenvolvendo nada de especial sobre a nossa actualidade.

Em princípio todos nós aceitamos toda a acção da causa pública como um acto nobre. Trabalhar para o bem comum, para o desenvolvimento integral do ser humano. Todos aspiramos nas pessoas (políticos) que elegemos, a defesa de determinados valores, de justiça, de igualdade, desenvolvimento integral do ser humano. Chama-se a isso humanismo. Nem sempre, isso acontece, pois outros valores se tem levantado. No caso especial do país, o desencanto é enorme. A descrença nos políticos e nos partidos políticos atinge todas as classes sociais. Poderemos até dizer que este sistema (Parlamentar) não funciona. Eu até acho, que sim, já não funciona. Por isso, de vez em quando surgem notícias de tentativas de cidadãos com a decisão de criarem novos partidos. Hoje, foi noticiado a criação, para breve de um novo, o Movimento Esperança Portugal, cujo seu mentor, Rui Marques, antigo alto-comissário para a Imigração e Diálogo Inter-Cultural, afirma que o MEP, se deverá situar entre o PS e o PSD, portanto no centro do espectro político. E tratar-se de um movimento defensor dos valores humanistas. E aqui é que me fez pensar nestas minhas palavras e de ter vontade de fazer este post. Então em princípio não seremos nós todos humanistas? E os partidos políticos, existentes não possuem eles todos uma componente humanista? Não foi para o bem comum que eles foram fundados?

Lamento dizer, mas com este status existente, a criação de novos partidos políticos nada vem resolver, porque o mal é do próprio sistema. E como o porta-voz já insinuou que o MEP não é anti-sistema, fico na expectativa e pergunto, qual será a vantagem de mais um partido político numa área do centro, pró-sistema, embora humanista, é evidente.