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Maria

sexta-feira, 28 de novembro de 2008



Amava a minha mãe. Até de mais. Podia até definir esse relacionamento como o grande amor da minha vida.
Admirava a sua altivez e sabedoria, além da sua serenidade e paciência para aturar todo o tipo de pessoas. Nunca lhe perdoei o facto de ter aturado com a mesma benevolência a besta do meu pai. A nossa diferença de idades era apenas de 18 anos. Seguia-me para todo o lado, controlando todos os meus passos. Cumpria escrupulosamente todas as suas determinações e os avisados conselhos. Ela foi a responsável por me encontrar ainda hoje no estado de celibatário apesar dos meus 48 anos. Quando se aproximava de mim, sentia o cheiro da sua aveludada pele, fazendo lembrar quando ainda bebé me afagava no seu regaço. Sentia-me confortável e realizado ao pé dela. Por isso nunca me aproximei e interessei por outras mulheres. Os anos foram passando e um dia senti repulsa. Senti que tinha de a matar. Ao cumprir tal hediondo acto, confesso que chorei.

13 comentários:

Conversa Inútil de Roderick disse...

Depois do pai, a mãe... a seguir quem é? Os tios?

Conversa Inútil de Roderick disse...

E o mais importante.
Ela usava botas?
Ficaste com elas?

Conversa Inútil de Roderick disse...

Agora que falas, é que me lembro.
Tenho um tio que é dono de uma Sapataria.
Acho que vou matá-lo.

Carlos II disse...

Boa! Se é assim, bora lá matar o tio. Dás corda aos sapatos e ficas com a herança. Temos que aproveitar todas as oportunidades que aparecem.

Sabes, o problema do "herói" daqueles dois textos é que ele queria se desembaraçar de dois complexos, que não deixavam de ser ele próprio. Penso que era isso.

Um abraço

Pascoalita disse...

Caramba! Mas que mente perversa.

Espero be que essa tendência assassina esteja apenas direccionada para os parentes.

Saiste-me cá um criminoso!

1º - Cobiça do alheio (matas o velho para lhe herdares as botas)

2º - Nutres uma paixão assalapada pela própria mãe;

2º - Matas a progenitora provavelmente para evitares cometer o crime de incesto, o que não é torna o acto menos hediondo.

És diabólico! Por acaso não serás ainda parente da cusca endiabrada?
Puxa! Tenho de rever as minhas afenidades eheheheh

Uffa! é a 3ª e última vez que escrevo este comentário ... se não ficar, desisto ahahah

Teté disse...

Além do fantasma do Salazar ainda há por aí um complexo de Édipo? (mesmo que metafórico, eu sei)

Epá os protagonistas das tuas metáforas são sujeitos complicados... :)))

Bom fim de semana para ti! (E vê lá se não matas mais ninguém, OK? É que isso é muito feio, ai o menino...)

Carlos II disse...

pascoalita,
Está descansada que não há mais ninguém para matar futuramente.

teté,
Claro que é complexo de Édipo. Eu acho que todos os homens o têm.

Conversa Inútil de Roderick disse...

Não matas mais ninguém?????
Frouxo!
Não volto aqui.
SANGUE. QUERO SANGUE.

Ai. Piquei-me...

Laura disse...

Olha que o Julio de Matosd parece ter a lotação quase esgotada, mas eu conheço lá alguém que te pode mete rlá sem consulta prévia,; nem precisas...pô, pô, pareces desnorteado rapaz, e os filhos de onde vieram, não têm mãe também? os teus!...olha vai dar um passeio e bota a cabeça bem enterrada na neve, faz milagres... desenterra-os pois por piores que sejam, lá terão a sorte deles... Beijinhos.

Laura disse...

roderick; precisas de sapatos? tenhoa qui alguns pares como novos para dar, de homem claro, não precisas de matar o teu tio... Beijinhos, ai estes homens devem ter vindo da Régua, são como os policias, o pica miolos comeu-os todos ao almoço...

Laura disse...

roderick; és parente do drácula?

Daniel disse...

Carlos II

É assim gosta-se: depois "ou estima-se, ou mata-se", será assim?
Um abraço,
Daniel

Pascoalita disse...

Carlos

Afinal a dissertação do filhote está disponivel online neste endereço:

http://www.fl.ul.pt/posgraduados/teoria_literatura/Amado1.pdf

Se tiveres pachorra para ler ...

(eu só consegui chegar à pág 40 eheheh

jinho)