Um livro de Kafka poderá ler-se uma só vez, mas tem de pensar-se muitas vezes. Um livro de Flaubert ou Eça poderá ler-se muitas vezes, mas pensar-se uma só. Pergunta-se: se depois de os leres a ambos tivesses de ficar só com um, qual deles guardarias na biblioteca? Vergílio Ferreira.
Dilema.
Há muitos Flaubert, logo pode-se ler muitas vezes e o Eça também, e é português. Como sou conhecedor das pequenas coisas dos portugueses, deixava também este e guardaria o Kafka.
O Kafka tem mais humanidade.
Dilema.
Há muitos Flaubert, logo pode-se ler muitas vezes e o Eça também, e é português. Como sou conhecedor das pequenas coisas dos portugueses, deixava também este e guardaria o Kafka.
O Kafka tem mais humanidade.
6 comentários:
Complicado ser categórico assim, até porquê só li Kafka até agora. Sei um pouco sobre Eça e Flaubert, mas nunca li uma obra deles.
Vejos que a questão é bastante pessoal, visto que os livros atingem as pessoas de formas distintas. E quem se identifica numa obra de Flaubert pode retornar a ela e ver muitas coisas que não vira antes, pode reconhecer novas facetas ou mesmo perceber que ela mesma está mudando ou que continua a mesma. E talvez seja essa uma das grandes magias dos livros. Eles serem marcos onde podemos avaliar nosso progresso como seres humanos, pois a obra é sempre a mesma, o que pode se diferenciar são os olhos do observador.
Um abraço.
Pois eu prefiro Flaubert e Eça a Kafka! Bem, de Flaubert só li "Madame Bovary".
Enfim, gostos (literários) não se discutem... :)
Beijoca, Carlos!
hm... intrigante, caro irmão, intrigante... está querendo esconder-se da humanidade?
o problema é que kafka mostra o lado sombrio da humanidade, o lado que não se compreende, o lado que não se deixa compreender...
É precisamente o lado sombrio da humanidade, o absurdo da vida, que me fascina em Kafka. Porque a humanidade é assim.
Os aspectos descritos e desenvolvidos nos outros autores, embora o Eça de Queiróz seja um caso peculiar e bem português, são temas muito debatidos por uma imensa lista de autores. Embora,sejam igualmente tópicos da referida humanidade.
Um abraço a todos.
Gosto mais do nosso Eçinha, Eça pois..ele é dos nossos e escrevia de forma maravilhosa e conseguia chegar no coração das gentes..beijinhos.
Porque tenho motivos para achar que Kafka te deve diz bastante e por falares nisso, imagina que o meu filhote de 27 anos acabou exactamente há dias de escrever a tese do mestrado sobre a sua obra, que será discutida em Janeiro p.f.
Estou curiosa para saber o que escreveu em 100 folhas e tenho cá um palpite que não "pescarei" nadika ... provavelmente tu é que gostarias de ler ahahah
jinho
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