RSS

Música

terça-feira, 8 de abril de 2008

Gosto muito de música. Oiço com frequência principalmente nestes dias sombrios e de chuva que se faz sentir. Não podia viver sem ela. É uma antiga paixão. Aprecio todo o tipo de música, excepto a chamada música "pimba". E até acho natural que determinados artistas desta área consigam esgotar o pavilhão Atlântico. Claro que gostos não se discutem, estudam-se. A meu ver este fenómeno, por exemplo de Tony Carreira, é um caso de estudo. É no sector feminino onde este artista encontra maior eco. É possível verificar isso, no chamado clube de fans e nos concertos. É um público que guarda religiosamente todas as fotos e cassetes e vai a todos os concertos e sessões de autógrafos do artista. Assim como os consumidores de novelas e de revistas cor-de-rosa, este público pretende rever-se nestas personagens construídas para seu deleite. Sonham um dia, ser como elas. Viverem um amor assim. Viverem numa casa assim. São sobretudo, mulheres mal amadas, com vidas difíceis e não consentâneas com a vida que julgam que essas personagens possuem. É este sítio da psique destas pessoas que estes fenómenos entram facilmente. Trata-se de uma catarse. Julgo que essas pessoas jamais apreciam a beleza e a arte de um bom poema cantado ou de uma melodia bem construída ao ponto de nos emocionar, tal como, Brel ou Bach, Dylan ou Mozart. Leonard Cohen ou Wagner. Gostos não se discutem, estudam-se.

2 comentários:

Teté disse...

Xi pá, nem me fales do Tony Carreira (acho que o gajo nem tem má voz, mas as musiquetas são o que são), que já levei uma "lavagem ao cérebro" da empregada doméstica, que um dia lhe deu na veneta convencer-me que ele era o melhor cantor à face da terra...

Estava a ver quando é que ela se punha aqui a cantar as canções que sabe de cor, na sua voz mais que esganiçada! Sobrevivi, mas passei a ter mais antipatia pelo "ídolo", embora o homem não tenha culpa nenhuma...

Já respondi aos 6 temas da Ahlka, vou prosseguir com música portuguesa ou brasileira, que não incluí, por não dar espaço para todas.

Tem um bom dia, Carlos!

Ahlka disse...

O público do Tony Carreira não procura arte.
Procura psicoterapia de grupo.
A culpa é dos homens ;)

Teté, continua a remexer no baú musical, faz bem à alma :)