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Nostalgia por Decreto

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Forçar um grupo de pessoas a terem recordações que na realidade não possuem: «Como é que eu posso pertencer à geração de sessenta se não me lembro de nada disso?» Douglas Coupland

Lembro-me de uma conversa recente com meu filho (23 anos) e de eu lhe ter dito da necessidade que ele tinha para melhor compreender o presente, de se voltar para o passado, nomeadamente de se interessar pelos anos sessenta, onde aconteceram coisas muito importantes. Estávamos a conversar, sobre música, cinema e de valores da época. A resposta veio logo a seguir. Quero lá saber dos Beatles, do Fellini, do Kerouac e da Pop-Art. Para mim, interessa-me o que aconteceu a partir de 84.

7 comentários:

Teté disse...

Pois é, é o mal dos "engenheiros": história é para esquecer! Isto quando não lhes dá para esquecer o português, também...

Laura disse...

Ehhh, os meus ainda gostam de se rir e de ouvir os disparates da mãe, mas o melhor é a Neide a rir e depois vai contar ás amigas que no meu tempo os namoros eram de longe, a olhar primeiro, mais corajoso depois, eram voltas e mais voltas a pé de autocarro ou de mota, enquanto nós nas janelas ou na casa da amiga viviamos e olhavamos ó pra cá e ó pra lá, a neide ri-se e acha giro não termos de ir ao café para os vermos e iamos aos bailes bailes e farras que enchiam nossos corações de amor e de felicidade.
deixá-los lá eles nem entendem como era o nosos qquerer e o nosso viver...
beijinhos ó carlos, eu entendo-te...

Laura disse...

Então tens um filhote da idade da minha Neide que faz 24 em janeiro, formada em Biologia Aplicada,com 21 estava formada... nota máxima da Univ do Minho e está no doutoramento. Uma muié e peras, e gosta sim de me ouvir falar das nossas secas (o que eles julgam que vivemos, muitas secas) diz ao teu rapaiz que tem de voltar atrás para acompanhar a vida dos pais, que se irá rir a bom rir...
Beijinho a ti.temos filhos da mesma idade, bem não eras tu que estavas grávido, claro, ehhhhh...

Laura disse...

Eles sabem lá … (da nossa saudade de Luanda


Eles sabem lá?
Que o que deixamos para trás
Foi a melhor parte das nossas vidas,
Das nossas vidas tão sofridas,
No clamor da mocidade.

Eles nem sonham sequer
Como foi o nosso sofrer,
Como foi nosso correr,
Como foi nosso gritar.

Que estivemos a enlouquecer,
De saudade da terra
Que tivemos que deixar,
E onde nem podíamos voltar.

Eles sabem lá?

Quando falamos dela
Com os olhos a marejar,
O que sente a nossa alma
Quando desata a chorar …


Foi escrito por isso mesmo, porque estavamos a explicar aos filhos como foi o nosso viver ali e o nosso regressar, e saiu isso... que já está no meu livro o Réstias...
Jinhos.

Carlos II disse...

Pois é Laura, os nossos meninos nunca nos ouvem.

Ahlka disse...

Há dias em que sou parecida com o teu filhos...Noutros sou mais parecida contigo...
Todos temos luas, né?
Talvez o teu filho, um dia apanhe luas em que se pareça também contigo....

L.S. Alves disse...

Com o tempo ele vai apredender.
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Se você não conheçe o passado possivelmente repitirá as burrices dos outros ao invés de inventar sas suas próprias.
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Não te estressa que ele é bastante novo ainda.
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Um abraço.