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Inquietações

domingo, 15 de abril de 2007

Uma das frases que tenho lido e que me deixou matéria para alguma reflexão foi que, este século ou será espiritual ou não será nada. Na verdade, o século XX promoveu a necessidade espiritual arrastando o homem para extremos inconcebíveis de um materialismo que nem sempre triunfou. Foi o século de duas guerras mundiais, das grandes revoluções sociais e políticas e das grandes transformações económicas, mas não obstante, não teve em conta a grande necessidade de transformar o homem. Podem chamar procura interior ou espiritualidade, é o que o homem moderno sente hoje que lhe faz falta, depois de acabar por descobrir quanto efémero e superficial é a sua vida que não se satisfaz apenas com uma vida material e um conjunto de satisfações materiais. É no fundo a antiga questão filosófica do Ser e do Ter.

5 comentários:

Ahlka disse...

Ter, ter, ter...É o que ainda neste século faz correr o homem!
E não te iludas com alguns sinais emergentes de espiritualidade, pois ela só aparece depois de ultrapassado o patamar do Ter :)

Bom fim de semana :)*

Carlos II disse...

ahlka
o Ter impede o Ser

Ahlka disse...

Provavelmente.
Mas também há um teoria qualquer piramidal, que afirma que o homem só pode usufruir do patamar superior se tiver passado pelo inferior.
Considerando eu a parte espiritual superior,deduzo que, enquanto não tiver as suas necessidades básicas contempladas, não conseguirá chegar ao espiritual.
...Mas isto sou eu a pensar... E a pensar a altas horas da noite ;)
Claro que o conceito de básico é variável :))

Pascoalita disse...

Tou tentada a concordar com a nina Ahlka.
A menos que algo de mto trágico/fenomenal trave o homem, acho que este está cada vez menos virado para o lado espiritual.
Corre, corre sem saber para onde. Talvez para o abismo.

Pronto! já mostrei o meu lado negativo :)

Carlos II disse...

ahlka,
(...)o homem só pode usufruir do patamar superior se tiver passado pelo inferior.
-Certo.É o que está acontecer nos nossos tempos.
Entretanto, o Ter fragilizam-nos deixando-nos à mercê de muitas ilusões.