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Reflexão

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007




A história de Portugal, inteligente, documentada, válida e duradoura, diz que a Nação nasceu por: se fixar por; se defendeu com pinheiros e castelos sempre por; navegou por; entristeceu e se alegrou por: finalmente acabou por.
A história de Portugal pela qual vou, História sentimental e fantasiosa, meio inventada talvez em muito ponto, garante-me logo de começo que a Nação para: se definia para; casou para; navegou para; desanimou para e reagiu para e acabará para. Eu me explico tanto quanto posso. Nasceu para ocupar a melhor das costas, dando naturalmente para o mar, mas sobretudo para o Oceano, que permite ir a todo o lado, para aprender a bolinar, para completar o Império Romano que soberanos e legiões tinham deixado só como esboço, com uns lambiscos de Europa e nos desembarcadouros de África e umas vagas ideias de Ásia: para universalizar Direito tirado pelos romanos da Filosofia Grega, como engenharia baseada no Euclides: lógica de guerrear da de pensar; para, depois de ouvir a Isabelinha de Aragão, projectar para o mundo inteiro o entender e adorar o Divino, de ser a criança o maior dos milagres, de não se ter de ganhar a vida, o que a amesquinha, e de não haver prisões, nem as de grades, nem sobretudo, porquanto piores, as que são de dúvidas. Têm razão os sábios, que tanto respeito, que Portugal sempre foi, sempre é e sempre será para. Obrigando-nos a todos nós, o que sabemos para, servindo-nos para tal do que somos por. Vocês não acham?
Agostinho da Silva

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